sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

10/12 Onde tudo começou...


Hoje, mais um aniversário de namoro, olho pra trás e vejo anos de amor, ternura, companheirismo, lealdade, e sinto-me honrada por ter você, por viver você...
Como dizer em palavras aquilo que queria  dizer te olhando, encarando-me nesses olhos cor de mel, segurando tua mão quente nas minhas geladas, é difícil não ter o que dizer, mas acho que esses anos já  disseram por mim...
Você; cuidado, consolo, segurança, carinho...
Para sempre na minha vida.
Te amo


Meu corpo chove lágrimas
Derrama tristezas pelas ruas
Meus pés deleitam em espinhos
E, longe vejo o sol se pôr na palma da minha mão,
Trazendo em si o consolo que tanto preciso...


Somos artíficies do nosso proprio destino

O homem é um ser em constante evolução que tem na sua própria natureza o desejo de estar sempre em ascensão, seja moral, intelectual, sentimental ou material, sentimentos estes que o leva a incessante busca de novas conquistas. É do prazer das suas vitórias que nasce o sentimento de felicidade, emoção esta, que para o ser humano, seja talvez, o ponto máximo, o êxtase de tudo que se poderia alcançar como bem estar em uma vida aqui na terra.


Mas a felicidade é um sentimento íntimo e abstrato, onde cada um contempla da sua forma, seria muita pretensão querer explicar, criar regras ou manuais para atingi-la. No entanto, sabemos que a felicidade tem fonte na satisfação das realizações o que eleva a auto-estima produzindo bem estar e sensação de prazer pessoal.


Realizações e conquistas, no entanto, tem sido algo difícil, diante do mundo capitalista, onde quase tudo gira em torno da posse, onde cada um só vale o que tem. Assim o mundo se tornou cada vez mais competitivo, onde temos que dividir espaço ombro a ombro com pessoas dispostas ao vale tudo para conquistar lugar e fazer brilhar a sua estrela, nem que para isso tenha que passar por cima de tudo e de todos. O outro caminho seria capacitar-se, tornando-o competente e vencendo pela qualidade, pelo conhecimento e virtudes. Como preparar-se é preciso disciplina e coragem, a grande maioria esbarra no maior inimigo que é ele mesmo, na sua falta de fé e ânimo em vencer os obstáculos.


São poucos os que ainda acham o caminho pronto para trilhar nos dias de hoje. A grande maioria precisa buscar e desbravar seus horizontes. Diante das dificuldades, são muitos os que desistem antes mesmo de tentar. Daí nasce muitas frustrações, tanto por não ter arriscado e tido coragem de passar por cima de tudo e todos, como também em não dedicar-se a busca do aperfeiçoamento e conhecimento que o levaria a vitória.


Nasce a partir daí o sentimento de revolta, muitas das vezes contra o mundo, quando ele é o artífice do próprio destino. Há quem coloque a culpa na família, na falta de oportunidade, nos poderes constituídos, mas sabemos que Deus na sua bondade dá a todos iguais condições, pois se assim não fosse haveria injustiça, sentimento este irracional, pelo menos para os que têm fé no Criador na Sua bondade e justiça para com Seus filhos.


Reflitamos sobre a seguinte história: João e Mário


João é um importante empresário. Mora em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.


Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário.


Num belo dia, João deu um beijo em sua amada e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida e suas realizações. Após tomar café com a esposa e os filhos se dirigiu a uma de suas empresas. Chegando lá, cumprimentou todos com um sorriso. Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi: "Calma, fazer uma coisa de cada vez, sem stress". Ao chegar a hora do almoço, ele foi para casa curtir a família. Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.


Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Mário não tem filhos e está também sem uma companheira. Naquele dia, Mário bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando alguém apareceu após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, ele perguntou a Mário: - "Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?" Mário então desabafou: - A minha família... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável.


Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta: - "Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?" João emocionado, respondeu: - "A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.


“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Chico Xavier.


Edgardo Pessoa Filho - GAL

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Meia noite

Alegria tem nome!
Ela veste os lábios
acorda os olhos
sente atravessar seus
dedos a noite escura
enquanto no seu corpo
chove saudade.
 

  Ric. Nonato

Longe


Não existes, mas sinto teu cheiro
No meu seio, como no beijo

Não existes como o ontem
Foge quando te chamo

Mas sinto teu ar quente
 perdido no meu horizonte



Anonimato

Rubra indulgência
O percurso do saber
Num longo fio de cabelo

Sensualidade desenhada
Carnuda...

Amor
Um terno abrir e fechar
De negros cílios....


Emille Novaes

Conto de Fadas

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.
Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras de uma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...
Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é d'oiro, a onda que palpita.
Dou-te comigo o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A Princesa do conto: “Era uma vez...”

Florbela Espanca

Índia

Índia, seus cabelos nos ombros caídos,
Negros como a noite que não tem luar;
Seus lábios de rosa para mim sorrindo
E a doce meiguice desse seu olhar.

Índia da pele morena,
Sua boca pequena
Eu quero beijar.
Índia, sangue tupi,
Tem o cheiro da flor.
Vem, que eu quero te dar
Todo meu grande amor!

Quando eu for embora para bem distante
E chegar a hora de dizer adeus,
Fica nos meus braços só mais um instante;
Deixa os meus lábios se unirem aos seus.
Índia, levarei saudade
Da felicidade que você me deu.
Índia, a sua imagem
Sempre comigo vai
Dentro do meu coração,
Flor do meu Paraguai.


Composição: J.A. Flores, M.O. Guerreiros e José Fortuna

Sentir


A meia noite ele me descobriu e ficou em  mim até  o amanhecer
Sua mão se deliciava em meu corpo
Encontrava  a suavidade nua, que escorria no meu pescoço...
E no calor envolvente, vi o mundo chegar ao fim...
O calor esfriava...
E naquela manhã percebi que você vive dentro de mim...

Alguém



Existes, mas não te tenho
Minha alma almeja teu cheiro

E penso! Ficou no tempo
Como folha levada no vento...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quem sou eu!

Pássaro livre de vôos
Altos e plenos, mas que
Sabe reconhecer seu ninho
De qualquer altura.
Que compartilha alegrias
E por que não dizer tristezas?
Pois elas fazem parte dessa vida.
Pássaro que sabe correr dos inimigos
Para não interromper a alegria de seu
Vôo, mas que sabe enfrentar se for preciso!
Voa muito, mas nunca o suficiente para se perder,
Pois tudo que precisa tem em seu ninho.
Passa pelo inverno com muita força de vontade assim
Como o noivo que espera sua amada ansiosamente
No altar, na frente de todos, transpassado de vergonha
E nervosismo, o pássaro fica ali esperando o grande sol aparecer
No horizonte, como a noiva que atravessa a igreja.
Para ele ser um pássaro é tudo e nada, é vento no rosto é chuva no corpo,
Mas acima de tudo e todos, ele é livre...
Sentir-se um pássaro é fácil, o complicado é passar por essas dificuldades e mesmo assim não perder a leveza.

Graciliano Ramos